PROCESSO

 
O processo se inicia com uma residência e uma oficina que acontecem entre julho e agosto de 2010.

A residência-audição oferecida por Dani Lima recebe dezenas de inscrições. São selecionados 20 participantes, que durante 04 semanas pesquisam e experimentam gestos, padrões de movimento, fluxos de pedestres, dinâmicas de grupo, comportamentos individuais e coletivos. Os resultados deste processo alimentam com textos e imagens os primeiros posts deste blog. As idéias de flânerie, deriva, cultura janeleira e formas de ver e ser visto vão se delineando e tomando força aí.
No mesmo período Paola Barreto oferece para um grupo de 15 participantes a Oficina "Circuitos de Video: Experiência, Percepção, Produção", em parceria com o Festival de Cinema Universitário. A proposta de mapear o Largo, buscando pontos de observação identificados com o olhar da vigilância - de cima, do alto - parte de uma estratégia de controle e mapeamento para produzir deslocamentos, ficções, cenas de cinema. O resultado dos 10 dias de oficina é apresentado em forma de duas apresentações de cinema ao vivo, com mixagem de sons coletados ao longo da semana e imagens ao vivo captadas no momento da projeção.

Com os materiais e idéias levantados nestas experiências e com as pessoas que se reuniram para produzi-los o projeto vai ganhando corpo. 

Os ensaios se iniciam em setembro e dividem-se entre um trabalho de aquecimento no Teatro Cacilda Becker, onde são combinados os locais de atuação do dia, e um trabalho na rua, no Largo e ao Largo.
Os ensaios são gravados em vídeo, dos pontos de vista mapeados para o CFTV, produzindo imagens distanciadas, topográficas, em tele, com zoom, em um misto de olhar de voyeur, vigia, observador, detetive.

Em um primeira etapa são levantadas as partituras individuais e coletivas. Em um segundo momento começam as composições, combinando gestos, coreografias e espaços. 04 palcos distintos, em interação com os pedestres, os pombos e os prédios vão sendo desenhados. Estréia 21/10/2010.