domingo, 5 de setembro de 2010

un dia


era isso um paraíso doente no que se agrupava encima, entre as divisões das pessoas, as cores ou a musicalidade das folhas roçando o chão levadas pelo vento. que vento? um homem levanta levemente a perna para dar o seguinte passo e aí linha de fuga, todos se haviam sentado, todos não, mas uma pausa repentina, um odor a milho, o cruzar kamikaze das pombas. fonte sem água. tudo volta a caminhar, um erguer se rápido, outro débil, fluxos de quatro a sete pessoas entram e saem do metro. alguma pausa para se preocupar, alguém olha para sorrir e gaivotas planam lá encima, num outro tempo, talvez espreitando esta mesma praça, baixando para o mar ou subindo na nuvem, tão sós fazendo grupo, lá no alto como nós na praça, igual e diferente. me deitei de braços abertos e voei com elas sobre o concreto.

ibon salvador

3 comentários:

Dani65 disse...

que delícia

paoleb disse...

intensidades!

Tony Hewerton disse...

Urbano, barulho, movimento, e imaginação, fuga, fábula e música.